Foto: Comunicação Divina Providência
Dias 16 e 17 de outubro de 2025, agricultoras e agricultores dos municípios de Lagoa Real e Rio do Antônio participaram do Intercâmbio de Saberes e Práticas para a Convivência com o Semiárido. A atividade integra as ações do Projeto Água para Produção de Alimentos e Dessedentação Animal, executado pela Divina providência, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), e com o apoio do Governo da Bahia e do Governo Federal.
Com o objetivo de promover o diálogo entre as comunidades rurais, fortalecer a agricultura familiar, a produção agroecológica, e a gestão de tecnologias sociais de acesso à água, o intercâmbio foi realizado pela Associação Divina Providência de Brumado, e contou com a parceria dos técnicos animadores da ASAMIL de Livramento, e da COOTRAF de Caculé.
O primeiro dia do intercâmbio, aconteceu na Unidade de Beneficiamento de Derivados da Mandioca, comunidade de Olho D’Água – Rio do Antônio. Após acolhimento e café comunitário, os participantes conheceram a experiência da agroindústria, fruto da organização coletiva e do trabalho cooperado das famílias. Durante a visita guiada, conversamos sobre a gestão e comercialização dos produtos, que são vendidos em feiras e mercados locais; sobre a conquista do selo da agroindústria; o papel das mulheres na produção; e as estratégias de fortalecimento da renda no meio rural.
Na sexta-feira dia (17), o segundo dia das atividades seguiram na comunidade Engenho Velho, em Lagoa Real, com o tema “Produção Agroecológica, Cultura da Casa de Farinha e o Engenho”.
Os participantes visitaram a propriedade de Dona Maria Lima e de sua família, beneficiária dos Projetos ATER Biomas e Água para Produção de Alimentos, conhecendo de perto as mudanças na produção familiar, a partir da assistência técnica. O papel das tecnologias sociais; e as expectativas com a chegada da cisterna calçadão e do barreiro trincheira. No final da manhã, o grupo conheceu a Casa de Farinha da Sra. Maria Celina, símbolo da tradição local na produção de farinha e derivados da mandioca.
Encerramos o segundo dia com a demonstração da extração de garapa da cana-de-açúcar no Engenho Comunitário, e com roda de conversa para avaliação e agradecimentos.
O Intercâmbio de Saberes reafirmou o valor da agricultura familiar como base da vida no Semiárido, unindo acolhida e partilha, tradição e inovação, técnica e afeto. Mais que uma visita, o encontro foi um momento de celebração do trabalho coletivo, da cultura camponesa e da força das comunidades rurais que constroem, dia após dia, caminhos de convivência com o Semiárido.
